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Saúde mental | E fora do story, você está bem?

04/03/2022
É inegável, a tecnologia faz parte das nossas vidas. Aliás, os aplicativos facilitam e muito o nosso cotidiano, seja para solicitar um uber, fazer transações bancárias, compras do supermercado ou para matar a saudade daquela pessoa que está distante. Um verdadeiro mundo de possibilidades que cabe na palma da mão, pronto para saciar praticamente todas as necessidades humanas, entre elas a conexão com outras pessoas. Sedutor, prático e perigoso.

Logicamente as tecnologias não são um problema por si só, a questão é quando as conexões virtuais, potencializadas pelas redes sociais, ganham mais espaço do que as conexões reais. O contratempo começa quando o tempo é direcionado para acompanhar a vida perfeita, regada a luxo, prazer, ostentação, felicidade e produtividade de pessoas que muitas vezes nem conhecemos. E que, convenhamos, não cabe na vida da maioria da população e às vezes nem na vida de quem as compartilha. O problema se consolida quando a comparação faz brotar a insatisfação com a própria vida, distante dos padrões altamente editados, afinal, nenhuma pele é tão perfeita quanto aquela camuflada pelo filtro.  É nesse terreno fértil que o sofrimento pode se desenvolver.

As redes sociais são assim, impregnadas de felicidade, que captam a atenção para o palco virtual e às vezes atrapalham a construção e o cultivo das próprias relações no mundo real. A ditadura da felicidade camufla e desqualifica o sofrimento mental, impondo assim padrões estéticos e comportamentais que, em último grau, associam a felicidade ao consumo.

Isso leva a questionamentos pertinentes: e fora do story, será que as pessoas estão de fato bem? Será que a vida real condiz com aquela apresentada no palco virtual?

A busca constante pela felicidade pode ser tóxica, levando à negação da natureza humana que é feita de altos e baixos e inclui estados disfóricos como tristeza, raiva e medo, emoções transitórias e necessárias. Não é incomum que as pessoas se culpem por não estarem sempre felizes, otimistas e produtivas, e o efeito disso pode ser deletério, pois quando negamos o que estamos sentindo, nosso corpo e nossa mente respondem pior ao estresse.

Logicamente esse texto não é uma apologia ao “cancelamento” das tecnologias ou redes sociais, mas um convite a reflexão sobre o estado mental por trás do mundo virtual, pois para a saúde mental não há filtros. Cuidar dela é tão importante quando cuidar da saúde física, e a CAARS te ajuda nessa tarefa.

A CAARS oferece atendimento psicológico e psiquiátrico presencial ou on-line. O teleatendimento tem consultas a baixo custo (os valores são parcialmente subsidiados pela CAARS). Você pode agendar a sua consulta on-line CLICANDO AQUI. Caso prefira a consulta presencial, agende no nosso Centro de Saúde, em Porto Alegre, ou entre em contato com os profissionais conveniados em todo o RS. Vale lembrar que o conteúdo das sessões é sigiloso e que a CAARS não tem acesso.

Por: Felipe Ornell (Psicólogo da CAARS)

Créditos de imagem: CAA/RS - Divulgação
Fonte: CAA/RS
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