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Comportamento | O poder do hábito

07/07/2022
Por mais que tenhamos a sensação de que estamos no controle pleno das nossas vidas, grande parte das atividades que desempenhamos no dia a dia não são decididas conscientemente, mas executadas no “piloto automático”. Nosso cérebro está constantemente buscando formas de se esforçar menos, criar regras e automatizar comportamentos. Isso não é ruim, já que nos permite realizar tarefas economizando energia física e mental. Afinal, já pensou se todas as nossas atividades dependessem de uma reflexão consciente prévia? É aí que surgem os hábitos que representam tudo aquilo que fazemos sem precisar aplicar um esforço sobre a ação. O grande problema é que na maioria das vezes não paramos para analisar a motivação por trás de um determinado hábito. Além disso, hábitos desenvolvidos em um determinado momento da vida podem deixar de ser úteis com o passar do tempo - e inclusive podem gerar sofrimento e atrapalhar o processo de crescimento. Se pararmos para analisar todos os comportamentos que compõem a nossa rotina, com certeza conseguimos encontrar alguns hábitos que gostaríamos de mudar, sejam eles pessoais ou profissionais. Afinal, pequenas ações rotineiras — negativas ou positivas — impactam diretamente nosso cotidiano e podem tanto prejudicar nosso desempenho, quanto alavancar nossos resultados.

A chave para mudar o que não funciona na sua vida é justamente entender como os hábitos funcionam.  De acordo com Charles Duhigg, autor do best seller “O Poder do Hábito”, os hábitos surgem a partir de uma espécie de fórmula que o autor chama de Loop do Hábito (Gatilho + Rotina + Recompensa). Tudo começa com o gatilho, um estímulo que ordena que o cérebro entre no modo automático e indica qual hábito deve ser usado a partir dali. Isso leva a uma Rotina, que significa a forma como executamos o gatilho. Em seguida vem a Recompensa, que ajuda o cérebro a saber se vale a pena ou não memorizar esse loop para o futuro.

Mudar hábitos é um processo complicado que exige determinação, esforço e disciplina. Não é algo que ocorre de um dia para o outro, mas que se constrói com dedicação e repetição.  Em 2009, um artigo publicado na revista científica European Journal of Social Psychology apontou que são necessários 66 dias para que um novo comportamento se torne automático. Conforme Charles Duhigg, para mudar hábitos é necessário contemplar três passos:

Identifique o hábito que deseja mudar: gatilho + Rotina + Recompensa (é preciso estar 100% consciente desses passos);
Encontre uma rotina alternativa, pois um hábito não pode ser erradicado, apenas substituído;
Altere as recompensas por algo mais assertivo, que proporcione mais produtividade no trabalho ou mais qualidade de vida (Por exemplo, correr em vez de comer, café no intervalo do trabalho em vez de cigarro etc).
Desenvolvemos uma lista de 20 hábitos que reconhecidamente sugam as energias e que podem interferir no processo de crescimento:

Reclamar de tudo o tempo todo
Se colocar constantemente no papel de vítima
Não desligar das redes sociais
Comparar a sua vida com a vida das outras pessoas - principalmente com a vida que elas mostram nas redes sociais (Falamos disso AQUI)
Reviver e se culpar constantemente pelo passado
Levar tudo para o lado pessoal
Fazer de tudo um drama
Não ter compromisso
Falar de problemas o tempo todo
Fazer fofocas
Não impor limites
Dificuldade em dizer não (falamos disso AQUI)
Consumo abusivo de álcool (e consumo de outras drogas) (falamos disso AQUI e AQUI)
Não ter rotina
Não se exercitar e se alimentar mal (falamos disso AQUI)
Cultivar relações tóxicas (falamos disso AQUI)
Tentar agradar a todos (falamos disso AQUI)
Reagir com impulsividade (falamos disso AQUI e AQUI)
Não tomar água
Não ser grato

E aí, quais hábitos dessa lista você tem praticado?  Se você se identificou com esse texto e observou que precisa de ajuda para entender e modificar seus hábitos lembre-se: a CAARS oferece atendimento psicológico e psiquiátrico presencial ou on-line. O teleatendimento tem consultas a baixo custo (os valores são parcialmente subsidiados pela CAARS). Você pode agendar a sua consulta on-line CLICANDO AQUI. Caso prefira a consulta presencial, agende no nosso Centro de Saúde, em Porto Alegre, ou entre em contato com os profissionais conveniados em todo o RS. Vale lembrar que o conteúdo das sessões é sigiloso e que a CAARS não tem acesso.

Artigo do psicólogo Felipe Ornell 

Créditos de imagem: CAA/RS - Divulgação
Fonte: CAA/RS
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