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O mês de setembro de 2023 será marcado para sempre na memória do povo gaúcho pelas fortes chuvas que ceifaram vidas e deixaram rastros de destruição em cidades das regiões Norte, Serra e Vale do Taquari no Rio Grande do Sul.  Em meio ao cenário de caos e tristeza surgiu uma corrente de solidariedade, que contou não apenas com doações de itens de básicos, de sobrevivência, mas com o deslocamento de voluntários para reconstrução das cidades atingidas. 

Entretanto, passados alguns dias, devemos lembrar que as necessidades dos cidadãos atingidos ainda permanecem. É nesse momento que as entidades de assistência assumem o papel fundamental para garantir os direitos humanos básicos desta população atingida, os quais abarcam não somente os direitos civis, mas também os direitos econômicos, sociais e culturais.

Cabe a nós operadores do direito a luta constante para o desenvolvimento de uma mentalidade de direitos humanos que cumpra os padrões internacionais e a constituição brasileira, bem como assumir o compromisso de garantir que os direitos fundamentais de todas as pessoas sejam respeitados, assim como a sua dignidade.  

Afinal podemos afirmar que nosso próximo são todas as pessoas que necessitam de algo que podemos oferecer, principalmente, a compaixão e a luta pela garantia dos direitos humanos básicos. Que este mês de setembro de 2023 não fique na memória apenas pela tragédia ocorrida, mas pelo esforço coletivo multissetorial dos cidadãos gaúchos em auxiliar seus conterrâneos na reconstrução de suas vidas em todos os aspectos. 

Janciele Toledo Fuentes

Integrante da Comissão de Direitos Humanos - CDH, da OAB – Subseção de Caxias do Sul

Créditos de imagem: Divulgação | OAB – Subseção de Caxias do Sul